segunda-feira, 27 de abril de 2009

Aula 06 (08/04/09) - Performance (tema da apresentação) e o tempo. Pirem!

Na semana em que nos foi dado a reflexão para criar uma perfomance eu fiquei sempre indagando as imagens, as idéias e os atos. E já em hora de lazer estava eu na Faculdade de Teatro da UFBA sentado a prosear com um amigo e fumar um cigarro defronte a uma parede toda pintada, composta de certo pela arte dos estudantes.

De repente a prosa entre eu e o comparsa era apenas uma, era apenas acerca daquela obra que trazia o busto de dois seres, um envelhecido e outro jovem, seguido de uma frase racista que dizia que “a felicidade verdadeira é a do negro”. Refletíamos sobre a obra de vários aspectos, desde a infeliz frase que por impulso primeiro deve ter sido redigida por quem em principio a tudo, detestava a injustiça da relação racial, e que hoje estampa numa grande parede branca uma frase “racialista”.

Porém o que se prosseguiu a esses comentários foram todos adereços da obra, algo como um túnel do tempo, seguido da expressão horrorosa do velho carregador do tempo, da força contida no semblante do personagem jovem logo ao lado pintado, enfim, aquela altura eu e meu amigo já parecíamos debater aquelas pinturas da parede como numa aula da faculdade se debate um texto, e eis que surgiu então meu link com a aula de Ação Artística e a proposta que tinha sido nos dada.

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Pensei da seguinte forma: Imaginem um quadro com aquela obra que visualizávamos, a frente do quadro cadeiras em fila reproduzindo uma sala de aula no meio da rua, praça ou avenida. A Ainda em frente ao quadro claro um professor, esse sim seria o ator da perfomance.

Eis o cenário: Uma sala ao ar livre, com as cadeiras vazias e um professor parecendo não enlouquecido dando aula sobre a obra de arte que trata da questão do Tempo, em meio da rua.

Curioso: Os passantes parariam nas cadeiras como se fosse uma palestra pública ou algo fora do rotineiro do cenário?

Reação: Mesmo que as cadeiras ganhassem público, o ator-professor manteria a sua atenção nas cadeiras, deixaria claro até o “não enxergar o público”, e faria referencias sempre citadas as cadeiras, tipo: “vós madeiras precedem no tempo a existência de nós humanos, e por quanto...” Trabalhando assim a noção e debate acerca do Tempo como de forma crítica a relação do homem com a natureza e por ai vai.

Intuito da performance: Trabalhar a noção e debate acerca do Tempo como de forma crítica a relação do homem com a natureza.

Conclusão: Assim como pedido, eu PIREI!!! Para bolar algo que coubesse no formato de perfomance, buscando também uma intervenção com conteúdo social que me interesse, porém imaginando em todo formato artístico por conta da questão cênica contida e da possibilidade de um texto hilário para o tal “monologo” do ator.

Glauber Albuquerque

2 comentários:

  1. Glauber, e se aos poucos o "professor" fosse se dando conta de uma gradual interação entre homem e natureza e paulatinamente agregasse esse ouvinte ao seu discurso? E se alguns desses ouvintes fossem alguns alunos do BI que aos poucos se revelassem com roupas "emadeiradas" (e inflexíveis como uma madeira) e arcaica como a falta de respeito ao diferente, ao outro, ao próximo? Chamando à reflexão o público em volta?
    Sei lá...acho que viajei e pirei tbm...rs...enfim, pensei.

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  2. é claudia, quando pensei nessa ideia pensei para uma intervenção na rua ou avenida como tinha sido a questão posta para essa aula. "criar uma perfomance", mas nao nego cheguei a pensar como seria isso no evento, mas nao sei, perderia um pouco do foco, mas com certeza ganharia outro.

    que bom que vc refletiu.

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