Retornando ao tempo e a temporalidade e levando em consideração a RAZÃO e a EMOÇÃO, pensemos em um segundo e somente nele, e isso basta, para compreendermos que nessa única fração de tempo, estamos estabelecendo sinapses e, o coração, nesse mesmo momento unívoco em que deliberamos a percepção, encontra-se em sístole e diástole. Então, é possível que em questão de um segundo vivamos, em conjunto, pensamentos e sentimentos próprios à situação que nos possibilitou possuí-los. E, a partir dessa ótica, torna-se praticamente impossível pensar sem sentir as idéias que nos permeiam, ou sentir sem ponderar sobre os sentimentos que nos rodeiam. Como dizia Fernando Pessoa:
"Meu pensamento é um rio subterrâneo.
Para que terras vai e donde vem?
Não sei... Na noite em que o meu ser o tem
Emerge dele um ruído subitâneo"
E René Descartes conclui: "Penso, logo, existo".
Hoje eu sei que existo porque sou (ponto)! E sendo sinto que penso e acabo também pensando nas coisas que sinto simultaneamente. E, a partir disso, sabendo que estou vivo, torno-me uno comigo e com os outros, com as coisas e com o universo. Fora isso, penso - na inércia das atividades humanas, que a morte ganha muito significado.
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