terça-feira, 17 de março de 2009

Chegando por aqui..

Minha primeira postagem por aqui. Conversei com alguns colegas na noite de quinta e aproveito agora pra falar aqui os meus primeiros sentimentos ao entrar na minha primeira aula de AA. Quando vi todo mundo conversando, rindo, falando de textos antigos pensei: "gente, como assim? Será que eu faltei mais de uma aula? Será que é realmente a segunda aula dessa turma? Eles parecem se conhecer há tempos!" E fiquei ali, quieta. De repente a professora começa a falar.. ela fala rápido, nem acreditei! Uma das minhas maiores dificuldades sempre foi assistir aula “lenta”. Uhuu!! Que maravilha, assim o aprendizado pra mim fica mais fácil! Algumasoisas não consegui capitar instantaneamente, mas acredito que foi pela minha ansiedade e a sensação de estar atrasada em algumas coisas da matéria. Estava nervosa, sim. Mas, durante uma ótima discussão percebi que aquela turma na verdade conseguiu adquirir em poucos dias um companheirismo e uma afinidade cósmica. Talvez Jung chame de sincronicidade o encontro desse grupo... e eu, acredito que não caí nessa sala por acaso... na verdade acredito que ninguém tenha caido nessa sala por acaso!

Na próxima aula poderei me apresentar para vocês e aos poucos vou conhecendo cada um! E quanto ao tempo.. fico aqui esperando ele passar, para que chegue essa próxima produtiva e gostosa aula das minhas noites de quarta!

Um comentário:

  1. Hoje eu expliquei em uma aula que subjetividade e objetividade não se separam. Quero dizer, mesmo quando analisamos uma obra com todo o rigor necessário, ainda assim partiremos do nosso lugar de corpo metafórico, cultural, de ser, indivíduo, persona, sujeito (cada uma dessas palavras provenientes de uma teoria específica), apenas desse lugar que somos (construídos durante esse tempo de Heráclito e Parmenides) nossas manifestações intelectuais, afetivas e motoras podem emergir. Acaso ou não, sinto o mesmo que Ana Laura. Que turma mágica! E aqui, com toda minha objetividade de professora, trago também a subjetividade de Ivani, parte dela detectada por Ana Laura (rapidez, velocidade... pilhada como se diz na gíria), e que assumo aqui, para todos dessa turma, meu estado de encantamento, encantamento com cada um de vocês: olhos abertos, sensações a flor da pele, comentários inteligentes, proposições audaciosas, riso solto, alegria de estar ali pelo grande e único prazer de deixarem-se contagiar pela grande satisfação do saber, da busca (sempre eterna) do conhecimento. Um cientista/filósofo que gosto muito, Humberto Maturana, diz que sua pesquisa (científica ou filosófica) deve partir, antes de mais nada, pelo desejo. Eu vejo o desejo no encantamento de cada um de vocês, e isso é o que me encanta tanto.
    Minha subjetividade quer dizer a vocês que o "ser-professor" é alguém como qualquer outro, não é um cuspidor de palavras patético em frente a uma platéia. Ao deparar-me com a maravilha dessa turma que me encanta com seus encantamentos, é em momentos como esse que percebo que meu desejo seguiu uma trilho certo. Minha subjetividade quer dizer então, com toda a objetividade que se deve ter, obrigada por essa maravilhosa oportunidade e por me considerarem uma de vocês. Na psicanálise dizem que o desejo que deve alimentar a fantasia, e não uma fantasia alimentar um desejo. Pensem nisso!

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